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Quinta-feira, 28 de Junho de 2007

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA

 

 

 

Insuficiência Renal Crónica é um agravamento progressivo da função renal, que termina fatalmente em uremia (um excesso de ureia e outros produtos de desgaste nitrogenados no sangue) e suas complicações, a menos que sejam realizados a diálise e um transplante renal.

 Manifestações clínicas

 

Gastrintestinais – anorexia, náuseas, vómitos, soluços, ulceração do tubo gastrintestinal e hemorragia.

Cardiovasculares – alterações hipercalémicas no ECG, hipertensão, pericardite, derrame pericárdico, tamponamento pericárdico.

Respiratórias – edema pulmonar,derrames pleurais, atrito pleural.

Neuromusculares – fadiga, distúrbios do sono, cefaleia, letargia, irritabilidade muscular, neuropatia periférica, convulsões, coma.

Metabólicas e endócrinas – intolerância à glicose, hiperlipidemia, distúrbios dos hormónios sexuais produzindo diminuição da líbido, impotência, amenorreia.

Os distúrbios ácido-básicos, hidrícos, electrolíticos – geralmente retenção de sais e água, mas pode ser por perda de sódio com desidratação, acidose, hipocalemia, hipermagnesemia, hipocalcemia.

Dermatológicas – palidez, hiperpigmentação, prurido, equimose, congelamento urémico.

Anomalias esqueléticas – osteodistrofia renal levando à osteomalácia.

Hematológicas – anemia, defeitos na qualidade das plaquetas, tendências aumentadas de sangramento.

Funções psicossociais – alterações da personalidade e do comportamento, alterações dos processos cognitivos.

 

Complicações 

Morte

 

Diagnósticos de Enfermagem 

Excesso de volume de líquido, devido ao processo patológico.

Nutrição alterada (inferior às exigências corporais), devida a anorexia, náuseas, vómitos e dieta restritiva.

Integridade cutânea prejudicada, devida ao congelamento urémico e alterações nas glândulas oleosas e sudoríparas.

Constipação devida à restrição de líquidos e ingestão de agentes fixadores de fosfato.

Risco de lesão enquanto está a andar, devido ao potencial de fracturas e caimbras musculares, relaccionado à deficiência de cálcio.

Não-aceitação do esquema terapêutico, devida às restrições impostas pela IRC e seu tratamento.

 

Intervenções de Enfermagem 

Manter o equilíbrio hidroelectrolítico.

Igual à insuficiência renal aguda.

Manter o estado nutricional adequado.

Igual à insuficiência renal aguda.

Manter a integridade cutânea.

Manter a pele limpa enquanto alivia o prurido e ressecamento.

a. Sabão neutro.

b. Bicarbonato de sódio adicionado à água do banho.

c. Banhos de aveia.

d. Óleo de banho adicionado à água do banho.

Aplicar pomadas ou cremes para o conforto e para aliviar o prurido.

Manter as unhas curtas e aparadas a fim de evitar escoriações.

Manter o cabelo limpo e humedecido.

Administrar medicamentos para o alívio do prurido, quando indicado.

Evitar a constipação.

Ficar atento a que os fixadores de fosfato produzem constipação e que esta pode ser tratada com intervenções habituais.

Estimular dieta rica em fibras lembrando-se do teor de potássio de algumas frutas e vegetais.

a. Podem-se prescrever suplementos comerciais de fibras.

b. Usar emolientes fecais, conforme prescrito.

c. Evitar laxativos e catárticos que produzem intoxicações electrolíticas (compostos contendo magnésio ou fósforo).

d. Aumentar a actividade conforme a tolerância.

Garantir um nível seguro de actividade.

1. Monitorizar os níveis de cálcio e fosfato séricos; vigiar quanto a sinais de hipocalcemia e hipercalcemia.

2. Inspeccionar a marcha do paciente, a faixa de movimento e a força muscular.

3. Administrar analgésicos conforme prescrito e proporcionar massagem para as caimbras musculares intensas.

4. Monitorizar as radiografias e cintigrafias ósseas quanto a fracturas, desmineralização óssea e depósitos articulares.

5. Aumentar a actividade, conforme a tolerância – evitar a imobilização porque ela aumenta a desmineralização óssea.

6. Administrar medicamentos conforme prescrito.

Medicamentos fixadores de fosfato, tais como o hidróxido de alumínio (Amphojel) ou carbonato de cálcio (Oscal), nas refeições e lanches, para diminuir o fósforo sérico.

Suplementos de cálcio – entre as refeições para aumentar o cálcio sérico.

Vitamina D – aumenta a absorção e utilização de cálcio.

Aumentar a compreensão e a aceitação do esquema de tratamento.

7. Preparar o paciente para diálise ou transplante renal.

8. Oferecer esperança de acordo com a realidade.

9. Avaliar o conhecimento do paciente a respeito do esquema terapêutico, bem como as complicações e temores.

10. Explorar alternativas que possam reduzir ou eliminar os efeitos colaterais do tratamento.

Ajustar o esquema de tal modo que se possa conseguir o repouso após a diálise.

Oferecer pequenas refeições mais frequentes para reduzir as náuseas e facilitar a administração de medicamentos.

11. Estimular o reforço para o sistema de apoio social e mecanismos de adaptação para diminuir o impacto do stress da doença renal crónica.

12. Fornecer indicações de assistência social.

13. Comprometer-se com o paciente sobre alterações comportamentais, quando não concorda com o tratamento, ou controlar a doença subjacente.

14. Discutir as opções da psicoterapia de apoio para a depressão.

15. Deixar que o paciente tome certas decisões.

16. Encaminhar os pacientes e os membros da família para os departamentos de apoio renal.



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