Para quem não tenha o hábito de passar pela página do Sindicato dos Enfermeiros, deixo aqui um texto transcrito da mesma e datado de 18 de Maio de 2007.
A quem possa interessar:
"Temos recebido no Sindicato alguns pedidos de apoio para (combater) a proposta da Ordem dos Enfermeiros.
Como é do conhecimento geral, somos a favor de que a formação especializada deve ser feita fora das escolas, porque estas não têm possibilidades de formar nessa área.
Além disso é dispendiosa e não reverte a favor dos Enfermeiros directamente, mas sim das instituições públicas.
A OE precisa de que lhe sejam atribuídas as competências de reconhecimento da formação dos Enfermeiros, sobretudo a formação pós-graduação.
Sem essa competência fica circunscrita a registar Enfermeiros e a receber quotas, elevadas, aliás, para estes tão insignificantes serviços, se excluirmos o de aplicar castigos. Tempos houve em que as escolas eram o reduto formativo dos Enfermeiros.
Com a recusa de os docentes de Enfermagem irem reciclar os seus conhecimentos aos campos de trabalho, o que aconteceu em 1983, quando abateram por influências políticas, essa possibilidade determinada no que seria o Art.º 6º do DL 384-83 (de 3 em 3 anos os docentes deviam cumprir 6 meses de exercício prático), mas retirado, um tanto abusivamente, pelo então ministro da Saúde, Maldonado Gonelha, que sucedeu a Luís Barbosa.
Todo o nosso ensino sofre desta falha dos docentes. Por isso, a sua insistência em quererem continuar a fazer especialistas predominantemente teóricos é continuar num erro crasso que não se justifica, hoje.
Os licenciados de Enfermagem têm o direito de, fora da faculdade, como os outros licenciados, continuarem livremente a investigação que os conduza a novas especializações na área do saber da experiência feito. Para a formação bibliográfica têm o curso de base, com a perigosa tendência para a supremacia da teoria sobre a prática.
O que está em causa é se o exercício da Enfermagem deve ser controlado pela Ordem dos Enfermeiros, criada para esse fim, ou se deve continuar a ser feito nas escolas de Enfermagem, de forma veladamente disfarçada, através de formação que lhe não compete, em essência.
Também defendemos que o título de Enfermeiro deve ser atribuído quando se termina o curso de licenciatura em Enfermagem.
Em síntese: defendemos o que a experiência demonstre ser melhor para a Enfermagem e para os Enfermeiros, cada vez mais libertos de exploração e de exploradores, disfarcem-se estes do que se disfarçarem.
O nosso conselho é que cada um pense por si, em função da realidade que temos, evitando manipulações torpes e impróprias de pessoas de bem.
Lutamos muito para que a Enfermagem viesse a ser o que é. Tornou-se num “pitéu” tão apetecível e valioso que todos a querem comer. Atenção, pois, aos predadores!"
O original AQUI
Sendo o uso da pastilha de nitotina, um dos métodos mais utilizados por aqueles que desejam deixar de fumar, aqui ficam alguns conselhos.
Estes conselhos em nada substituem as instruções dos folhetos informativos.
Consulte sempre um médico e evite a auto-medicação.
Hoje tive a oportunidade de folhear o Jornal de Notícias.
Entre muitas, deparei-me com a notícia que dá continuação ao post anterior e, tenho a dizer que nada me surpreendeu.
Para vos situar, a notícia em causa é o facto da Ordem dos Médicos sair logo a terreiro para defender os seus, após a notícia vinculada ontem no mesmo jornal, e que dava conta de processos disciplinares instaurados a 4 médicos do CHAM. Não fez mais do que a sua obrigação e até aproveito para expressar a minha humilde opinião: Não seria necessário! A recusa da terapêutica e abandono da unidade hospitalar após o diagnóstico por parte da utente em questão, vem tirar qualquer responsabilidade aos médicos e ao CHAM. Até porque o diagnóstico veio a confirmar-se correcto após autópsia...
Fiquei a pensar.... pensava... Se a nossa Ordem tivesse pulso de ferro como a Ordem dos Médicos (a mais forte do país)...
Se o que se passou com estes 4 médicos se passasse com 4 enfermeiros...
Entenda-se isto como uma crítica construtiva. Há que avançar no tempo e defender com unhas e dentes os seus pares.