Asma é uma condição recorrente dos pulmões, quase completamente reversível, caracterizada por maior responsividade ou irritabilidade da traqueia e dos brônquios. Ocorrem espasmo do músculo liso brônquico, edema da mucosa e maior quantidade de secreções mucosas nos bronquíolos como resposta a vários estímulos cuja gravidade é modificada tanto espontaneamente quanto com tratamento.
- O início de um ataque de asma pode ser gradual, com congestão nasal, espirros e uma secreção nasal aquosa presente antes do ataque, ou então pode ser brusco, o mais das vezes à noite.
- os ataques asmáticos caracterizam-se pelo seguinte:
- sibilos, que ocorrem principalmente com a expiração ou podem estar ausentes em virtude do movimento mínimo de ar.
- Ansiedade e apreensão.
- Sudorese.
- Tosse incontrolável.
- Dispneia, com maior esforço durante a expiração.
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- os ataques fortes e incontroláveis podem caracterizar-se pelo seguinte:
- aumento da dispneia e da cianose.
- Muco espesso e aderente.
- Crepitações rudes e musicais delicadas.
- Batimentos das asas do nariz, uso dos músculos acessórios.
- Hipoxémia, alcalose respiratória que evolui para acidose respiratória e, possivelmente, acidose metabólica.
- Aumento das frequências cardíaca e respiratória.
- Dor abdominal e vómitos em virtude de tosse intensa.
- Ansiedade e apreensão extremas, que progridem para um menor nível de consciência.
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- Os sinais crónicos de asma incluem os seguintes:
- Tosse aliviada pelos broncodilatadores.
- Dispneia episódica inespecífica que não está relacionada ao exercício.
- Infiltrados pulmonares recorrentes e atelectasia.
- O diâmetro torácico antero-posterior pode estar aumentado.
- Secreções nasais excessivas e boca aberta.
- Sibilos inspiratórios e expiratórios.
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- Infecções – bronquiectasia, pneumonia, bronquiolite.
- Atelectasia, pneumotórax, pneumomediastino.
- Desidratação.
- Arritmias cardíacas.
- Hipotensão, hipertensão.
- Enfisema, cor pulmonare.
- Insuficiência respiratória e morte.
- Padrão respiratório ineficaz devido ao broncoespasmo.
- Limpeza ineficaz da via aérea devida às secreções espessas e ao estreitamento da via aérea.
- Risco de hipovolemia devido à hiperventilação e menor ingestão oral.
- Ansiedade relacionada à respiração difícil e à intervenção médica.
- Processos familiares alterados em virtude da enfermidade crónica.
- Distúrbios da auto-estima relacionados às restrições nas actividades e ao acompanhamento médico frequente.
- Promover um padrão respiratório eficaz:
1. Posicionar na posição Fowler para permitir o máximo de expansão pulmonar
a. Elevar a cabeceira da cama em 90 graus.
b. Colocar acima da cama uma mesa acolchoada com um travesseiro diante da pessoa para poder inclinar-se e apoiar-se nela a fim de permitir o uso máximo dos músculos acessórios para a respiração.
2. Administrar oxigénio como determinado
a. Não esperar pelo aparecimento da cianose para administrar oxigénio. Fornecer oxigénio para uma saturação inferior a 94%.
b. Instituir a oximetria de pulso para monitorar a resposta ao tratamento.
3. Instituir monitorização cardíaca/respiratória e avaliar, com frequência, os sinais vitais.
4. Obter amostras para a determinação frequente dos gases sanguíneos arteriais da pessoa em estado de mal asmático.
- Facilitar a limpeza eficaz da via aérea
1. Utilizar humidade com ou sem oxigénio para ajudar a liquefazer as secreções e reduzir a inflamação mucosa e edema. Reduzir a humidade se ocorrer a formação de gotículas; isso poderia desencadear um broncoespasmo maior.
2. Usar broncodilatadores aerossolizados ou um inalante com dispositivo espaçador com broncodilatadores.
3. Avisar ao médico se a terapia inicial não for eficaz, para que possa ser feito tratamento adicional.
- Reduzindo a ansiedade
1. Proporcionar um quarto tranquilo onde a pessoa possa ser atentamente observada.
2. Explicar a finalidade do equipamento de oxigénio antes de sua administração, e permitir que a pessoa experimente e toque o equipamento.
3. Proporcionar o máximo de tranquilidade à pessoa.
- Promover hidratação adequada
1. Observar para ver se há sinais de desidratação
a. Ausência de turgor cutâneo.
b. Ausência de lágrimas.
c. Lábios e mucosas secos e rachados.
d. Menor débito urinário, alta densidade e aspecto concentrado da urina.
2. Administrar líquidos intravenosos como prescrito.
3. Incentivar a ingestão moderada de líquidos orais.
a. Determinar os líquidos preferidos pela pessoa.
b. Oferecer, com frequência, pequenos goles quando o esforço respiratório melhorar.
c. Evitar líquidos gelados, que podem provocar broncoespasmo.
d. Evitar bebidas gaseificadas (refrigerantes) quando a pessoa estiver sibilando (podem contribuir para a acidose).
4. Incentivar, logo que possível, uma dieta regular e reduzir os líquidos IV à medida que aumentar a ingestão oral.
5. Observar para ver se há sinais de hiperidratação e edema pulmonar relacionados com pressão pleural negativa alta gerada durante o broncoespasmo e acumulação de líquidos intersticiais.
- Normalizar os processos familiares
- Fortalecer a auto-estima
1. Enquanto a pessoa estiver enferma, incentivar as actividades recreativas capazes de aprimorar os interesses e as habilidades.
2. Ensinar exercícios respiratórios, modificação da actividade e uso correcto da medicação a fim de promover o controle da asma e a sensação de confiança.