É todo aquele que quer fazer da palavra "CUIDAR" o seu verdadeiro sentido de vida. Este Blog é nosso!
Quinta-feira, 24 de Maio de 2007

LÚPUS ERITEMATOSO DISSEMINADO

 
 
Lúpus eritematoso disseminado (LED) é uma doença crónica multissistémica muito provavelmente decorrente de uma falha da regulação imunológica.
 
 
1.    Pele
a.    Erupção em “asa de borboleta”, caracterizada por eritema e edema.
b.    Lesões anelares nos ombros, braços e parte superior do dorso.
c.    São comuns as lesões discóides que resultam em placas escamosas eritematosas no rosto, no couro cabeludo, no ouvido externo e alopécia na nuca.
2.    Artrite
a.    Geralmente bilateral e simétrica, envolvendo as mãos e os punhos, bem como outras articulações.
b.    Pode lembrar a AR e ser confundida com ela, principalmente no início da doença.
c.    Ao contrário da AR, a artrite não é erosiva, isto é, não se observa destruição articular aos raios X.
d.    O comprometimento de tendões é comum e pode causar deformidades ou rupturas.
3.    Cardíacas
a.    Pericardite.
b.    Derrame pleural.
c.    Miocardite
d.    Endocardite.
e.    Arterite coronariana – menos comum.
4.    Pulmonares
a.    Pleurite.
b.    Derrame pleural.
c.    Pneumonite do Lúpus.
d.    Hemorragia pulmonar.
e.    Embolia pulmonar.
5.    Gastrintestinais
a.    Úlceras orais.
b.    Dor abdominal aguda ou subaguda.
c.    Pancreatite.
d.    Peritonite bacteriana espontânea.
e.    Infarto intestinal.
6.    Renais – ocorrem em 50% dos pacientes, com até 15% deles desenvolvendo insuficiência renal
a.    Nefrite
                                              (1)        Nefrite mesangial – forma leve, pode ser reversível, prognóstico melhor.
                                             (2)        Glumerulonefrite segmentar focal – lesões esclerosantes ou necróticas activas.
                                               (3)        Proliferativa – pode ser focal ou difusa. A difusa tem prognóstico melhor.
                                               (4)        Nefrite membranosa – pode persistir anos, sem declínio grave na função renal. Pode manifestar-se como síndrome nefrótica.
                                              (5)        Nefrite esclerosante – aumento na quantidade de matriz nos glomérulos.
b.    Trombose renal – rara.
7.    Sistema nervoso central
a.    Distúrbios neuropsiquiátricos.
                                             (1)        Depressão.
                                             (2)        Psicose.
b.    Crises isquémicas transitórias/derrame
c.    Epilepsia.
d.    Cefaleia tipo enxaqueca.
e.    Mielopatia.
f.     Síndrome de Guillain-Barré
g.    Coréia e outros distúrbios do movimento
8.    Hematológicas
a.    Anemia hemolítica.
b.    Leucopnia.
c.    Trombocitopenia.
9.    Constitucionais
a.    Febre.
b.    Perda de peso.
c.    Fadiga.
 
 
1.    Insuficiência renal.
2.    Deficiência neurológica permanente.
3.    Infecção.
4.    Morte decorrente da doença.
 
 
A.   Dor crónica relacionada com a inflamação das articulações e das estruturas justarticulares.
B.    Impotência relacionado com a evolução imprevisível da doença.
C.   Risco de lesão da integridade da pele/mucosa oral devido às lesões cutâneas/orais.
D.   Fadiga devida ao processo inflamatório crónico.
E.    Alteração da diurese devida ao comprometimento renal.
 
 
A.   Reduzir a dor
1.    Administrar medicamentos para reduzir a actividade da doença e outros analgésicos e ensinar a sua auto-administração, segundo a prescrição.
2.    Sugerir as aplicações de calor ou frio, técnicas de relaxamento e exercícios não-extenuantes para aliviar mais a dor.
B.    Aumentar o controle do processo patológico
1.    Instruir o paciente para evitar os factores que podem exacerbar a doença.
a.    Evitar a exposição à luz solar e à luz ultravioleta.
                                             (1)        Usar filtro solar nº15 ou maior
                                             (2)        Usar roupas protectoras, leves, de mangas compridas e chapéus.
                                             (3)        Evitar exposição prolongada ao sol.
b.    Evitar a exposição a drogas/substâncias químicas
                                             (1)        Spray para cabelos.
                                             (2)        Tintas para cabelos.
                                            (3)        Medicamentos – obter orientação médica antes de ingerir medicamentos.
2.    Ensinar a auto-administração de agentes farmacológicos para reduzir a actividade da doença.
3.    Incentivar boa nutrição, hábitos de sono, exercícios, repouso e relaxamento para melhorar a saúde geral e ajudar a impedir a infecção.
4.    Incentivar a discussão dos sentimentos, o aconselhamento ou encaminhamento ao assistente social, à terapia ocupacional, conforme necessário.
C.   Manter a integridade da pele e das mucosas
1.    Aplicar corticoesteróides tópicos nas lesões cutâneas segundo prescrição.
2.    Sugerir cortes de cabelo alternativos e uso de perucas para cobrir áreas significativas de alopécia.
3.    incentivar a uma boa higiene oral e inspeccionar a boca à procura de úlceras orais.
a.    Evitar alimentos quentes ou condimentados que possam irritar as úlceras orais.
b.    Aplicar agentes ou analgésicos tópicos para diminuir a dor e promover a alimentação
D.   Reduzir a fadiga
1.    Avisar o paciente que o nível de fadiga oscilará de acordo com a actividade da doença.
2.    Incentivar o paciente a modificar o seu horário, de forma a incluir vários períodos de repouso durante o dia; graduar a actividade e o exercício de acordo com a tolerância do organismo; usar técnicas de conservação de energia nas actividades do quotidiano.
3.    Ensinar técnicas de relaxamento como respiração profunda, relaxamento muscular progressivo e imaginação para diminuir o stress emocional que causa fadiga.
E.    Preservar a eliminação urinária
1.    Ajudar na monitorização da diurese conforme indicado pelo grau de comprometimento renal.
a.    Monitorizar a ingesta e eliminação de urina, bem como a densidade urinária específica.
b.    Medir a proteína, a microalbumina na urina e obter a depuração da creatinina nas 24 horas, conforme solicitado.
c.   Verificar os resultados de ureia e creatinina.


mais sobre mim
pesquisar
 
Novembro 2007
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
20
21
22
23
24

25
26
28
29
30


últ. comentários
Olá, primeiramente quero parabenizar o blog, didát...
Existem erros graves neste post. As imagens estão ...
Ouu..Muito bom o seu blog..vs tá de parabénns
Querido colega,È uma imensa alegria ver que futuro...
lindo blog
Muito bom só faltou falar da tripartide
Em breves palavras tenho dito que, a CIPE é uma ev...
Não tem nada há ver. Científicamente não existe ne...
É possivel ter o sindrome do tunel capico sem sent...
Gostei muito do seu blog, também sou estudante.Est...
arquivos